segunda-feira, 18 de julho de 2011

GEORG SIMON OHM E A ELETRICIDADE (1787 - 1854)


AUTORES: JAMERSON ARAÚJO, JANNINNE CAVALCANTE, NILLIS NERY E SARA CRISTIAN
TURMA: 88132








 Disponível em: http://www.conpract.com/campo%20y%20potencial%20electrico/intensidad%20de%20corriente/index.html

Georg Simon Ohm nascido na Bavária, Alemanha, trabalhava como professor secundário de Matemática no Colégio dos Jesuítas, em Colônia, mas desejava lecionar na universidade. Para isso, ele precisou, como prova de admissão, que realizasse um trabalho de pesquisa inédito. Optou por fazer experiências com a eletricidade, e para isso construiu seu próprio equipamento, incluindo os fios.
Experimentando diferentes espessuras e comprimentos de fios, acabou descobrindo relações matemáticas extremamente simples envolvendo essas dimensões e as grandezas elétricas. No começo, verificou que a intensidade da corrente era diretamente proporcional à área da seção do fio e inversamente proporcional a seu comprimento. Com isso, Ohm pôde definir um novo conceito: o de resistência elétrica.
Resistência elétrica é o fenômeno em que os elétrons livres que fluem ao longo do fio ou cabo elétrico têm de passar por entre os átomos que o compõe, chocando-se constantemente com eles. Desse modo, o fluxo de elétrons é brecado pela resistência que os átomos opõem à sua passagem.
Em 1827, Ohm conseguiu formular um enunciado que envolvia, além dessas grandezas, a diferença de potencial: "A intensidade da corrente elétrica que percorre um condutor é diretamente proporcional à diferença de potencial e inversamente proporcional à resistência do circuito". Tal enunciado é até hoje conhecido como Lei de Ohm. 

Observe:  V = R.i
• V é a diferença de potencial, cuja unidade é o Volts (V);
• i é a corrente elétrica, cuja unidade é o Àmpere (A);
• R é a resistência elétrica, cuja unidade é o Ohm (Ω).




É importante destacar que essa lei nem sempre é válida, ou seja, ela não se aplica a todos os resistores, pois depende do material que constitui o resistor. Quando ela é obedecida, o resistor é dito resistor ôhmico ou linear. A expressão matemática descrita por Simon vale para todos os tipos de condutores, tanto para aqueles que obedecem quanto para os que não obedecem a lei de Ohm. Fica claro que o condutor que se submete a esta lei terá sempre o mesmo valor de resistência, não importando o valor da voltagem. E o condutor que não obedece, terá valores de resistência diferentes para cada valor de voltagem aplicada sobre ele.
Embora estes estudos tenham sido uma colaboração importante na teoria dos circuitos elétricos e suas aplicações e para a eletricidade, o cargo universitário tanto almejado por Ohm lhe foi negado. Suas conclusões, em parte, não receberam boas críticas. Ohm teve até mesmo que se demitir do seu emprego de professor secundário em Colônia, e viveu na pobreza durante os seis anos seguintes. Em 1833, ele se reintegrou nas atividades cientificas aceitando um cargo na Escola Politécnica de Nuremberg.

OHM E AS FORÇAS ELETROSCÓPICAS


Em sua obra principal - intitulada Teoria Matemática das Correntes Elétricas -, escrita no ano de 1827, Ohm estabelece um paralelo entre seus conceitos e os conceitos expostos pelo físico e matemático francês Jean-Baptiste Joseph Fourier (1768-1830) no livro Teoria Analítica do Calor: a intensidade da corrente, ou fluxo de eletricidade, é análogo ao do calor; o correspondente da temperatura é o que denomina força eletroscópica em um dado ponto. Ohm então apresenta a hipótese de que "uma molécula eletrizada só pode comunicar eletricidade ás moléculas contíguas (...) e a grandeza do fluxo entre duas moléculas contíguas é proporcional, em circunstâncias iguais, à diferença das forças eletroscópicas que as duas moléculas possuem, da mesma maneira que, na teoria do calor, o fluxo de calor é considerado como proporcional à diferença de suas temperaturas".

Ohm ainda considerava que "a tensão (ou força eletromotriz) é definida pelo seguinte princípio: quando dois corpos tocam-se, fica estabelecida no ponto de contato uma diferença constante entre suas forças eletroscópicas". Ohm descreve também esquematicamente como medir a força eletroscópicas, através de um eletroscópio. Caracteriza este dispositivo como sendo um simples plano de prova de pequeníssimas dimensões, de tal maneira que, quando é posto em contato com a parte do condutor (percorrida por uma corrente) que pretende-se explorar, seja possível considerá-lo como substituído nessa parte; então, acontece que as forças eletroscópicas (desse plano de prova), medidas pela força que exercem sobre uma espécie de balança de Coulomb, são diferentes para os diversos pontos tocados e elas dão a conhecer as diferenças que existem no estado elétrico desses respectivos pontos.

Outras contribuições

Ohm introduziu uma terminologia científica nos fenômenos da eletrocinética. Comparou a corrente elétrica à vazão de um líquido, e a diferença de potencial a uma diferença de nível. Também definiu com precisão as correntes elétricas, a intensidade e a força eletromotriz. Por volta de 1830, Ohm demonstrou o fenômeno da polarização das pilhas. A seguir, estudou a acústica e, em 1843, mostrou que o ouvido é capaz de apreender vibrações sinusoidais distinguindo-as do conjunto. Elaborou também a teoria da sirene e estudou a interferência dos raios luminosos polarizados nas lâminas cristalinas.

Assim como outros pesquisadores e cientistas, seu trabalho começou a ser reconhecido primeiramente no exterior. Então, só em 1849, Ohm conseguiria tornar-se professor da Universidade de Munique, cargo no qual permaneceria por apenas cinco anos, os últimos de sa vida.

REFERÊNCIAS:
  • http://www.eletronika.net/wp/lei-de-ohm
  • http://educacao.uol.com.br/fisica/ult1700u46.jhtm
  • http://www.explicatorium.com/Georg-Ohm.php
  • http://www.knoow.net/cienciasexactas/fisica/ohmgs.htm
  • http://educacao.uol.com.br/biografias/georg-simon-ohm.jhtm
 



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